Reajuste de planos de saúde: percentual chega até 35%
O aumento se refere aos convênios para pequenas empresas, enquanto para contratos individuais o teto será determinado ainda este mês
Os convênios médicos para pequenas empresas com contratos de até 29 vidas têm sofrido reajustes entre 9,7% e 35% no ano de 2023. Comparado ao ano anterior, estes números representam um aumento significativo.
O relatório foi divulgado pelo Itaú nesta semana, e serve para termos uma noção de como os serviços de saúde têm sido impactados pelo cenário econômico atual.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) irá autorizar um limite de reajuste para os planos individuais, que representam cerca de 17,7% de todos os seguros de saúde brasileiros.
Visando se esquivar do aumento elevado que o ano de 2023 tem apresentado até então, as empresas beneficiárias de convênios médicos estão utilizando diversas estratégias e táticas.
Algumas dessas táticas são, por exemplo, excluir a possibilidade de reembolso, implementação de percentuais de coparticipação, cortes nas redes credenciadas e redução da área de abrangência para regional.
Por mais que empresas com planos de saúde com mais de 30 vidas incluídas tenham reajustes mais baixos (conforme dados da ANS), elas também estão encontrando dificuldades para renegociar seus contratos.
“As grandes empresas costumam firmar contratos por 24 meses. Se tiverem cumprido apenas os 12 primeiros, quando vem o reajuste, se não quiserem mudar o plano, aceitam ou pagam multa”, afirma o advogado Rafael Robba.
Para o reajuste anual ser aplicado, é necessário que a operadora avise as empresas clientes com, no mínimo, 60 dias de antecedência, com o intuito de fazer com que as organizações se preparem para o acréscimo.
Para Marcos Novas, superintendente da ABRANGE, é preciso “retomar o equilíbrio da mensalidade com os custos, o que significa agora reajustes mais elevados”, explica.
“A aposta das operadoras foi grande. Estimavam vender barato e avançar em escala. Não funcionou. Agora estão cobrando a conta”, pontua Luiz Feitosa, sócio-diretor da consultoria Arquitetos da Saúde.
O mesmo reitera que “ainda não vimos o pior, porque o custo assistencial cresceu aquém do que vai crescer este ano”. Ou seja, segundo o diretor, os valores de reajuste dos planos de saúde aumentarão ainda mais.
Outro fator extremamente importante para o acréscimo elevado nos reajustes foi a pandemia da COVID-19, que fez necessário a utilização ainda mais exacerbada dos serviços de saúde privados, segundo dados da ANS.
Evidentemente, preços baixos atraem mais consumidores, porém, é importante colocar na balança orçamentária se os acréscimos nos valores fazem sentido ou não.
O número de beneficiários em planos de saúde não para de aumentar: atualmente, são mais 217 mil só no mês de março, totalizando 50,2 milhões de segurados da saúde suplementar brasileira.
Porém, conforme nota da ANS, o aumento da receita não acompanha os custos, fazendo com que os reajustes sejam necessários.
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