Março Roxo: o mês da epilepsia

Mas afinal, do que se trata o Março Roxo?

O Março Roxo é uma campanha de conscientização sobre a epilepsia, uma condição médica que causa convulsões, fadiga, formigamento, amnésia, entre outros sintomas. 

Durante todo o mês de março, várias organizações e profissionais de saúde se unem para aumentar a conscientização sobre a epilepsia e promover a educação sobre o tratamento e gerenciamento da condição. 

O objetivo é ajudar a diminuir o estigma em torno da epilepsia e oferecer apoio às pessoas que sofrem com essa condição. O dia oficial do Março Roxo ocorre no dia 26 do mês.

O que é a epilepsia?

A epilepsia é um distúrbio neurológico (muitas vezes degenerativo) que causa convulsões recorrentes. 

Ela é causada por atividade elétrica anormal no cérebro, que pode levar a sintomas como perda de consciência momentânea, movimentos incontroláveis ​​e alterações no comportamento ou na percepção. 

A epilepsia pode afetar pessoas de todas as idades, e pode ser tratada com medicamentos, cirurgia ou outras terapias comprovadamente efetivas.

Principais sintomas da epilepsia

Um dos principais objetivos do Março Roxo é disseminar conhecimento acerca da epilepsia e, para isso, nada melhor do que a população conhecer os sintomas dessa doença, a ponto de saber reconhecê-la.

A seguir, você irá conhecer os 5 sintomas mais característicos da epilepsia. Veja:

1. Confusão mental

A confusão mental é um sintoma extremamente comum durante uma crise de epilepsia. 

Durante uma crise, a atividade elétrica anormal no cérebro pode afetar a capacidade de uma pessoa de processar informações e se comunicar com clareza, levando a uma sensação de confusão e desorientação. 

Essa confusão mental pode durar apenas alguns segundos ou minutos, ou pode durar muito mais tempo em casos mais severos da epilepsia. 

É importante pontuar que a confusão mental pode ser um sintoma de muitas outras condições médicas, além da epilepsia, e sempre deve ser avaliada por um profissional qualificado. Por isso, o Março Roxo é tão importante.

2. Olhar fixado

O olhar fixado pode ser um dos sintomas da epilepsia, especificamente na forma de crises focais complexas. 

Durante essas crises epilépticas, a pessoa pode parecer desconectada do ambiente, com o olhar fixo em determinado objeto, movimentos interrompidos e comportamentos repetitivos e abruptos. 

É importante enaltecer que nem todos os casos de olhar fixado indicam epilepsia, ou seja, é necessário um diagnóstico médico para confirmar o quadro.

3. Movimentos bruscos dos braços e pernas

Movimentos bruscos são um sintoma característico da epilepsia, especialmente durante uma convulsão tônico-clônica. 

Durante essa convulsão, o indivíduo pode apresentar movimentos involuntários e bruscos, como contrair rigidamente os músculos, sacudir os braços e pernas e até mesmo despencar no chão. 

Esses movimentos são causados por uma descarga elétrica anormal no cérebro e podem ser extremamente debilitantes para o portador. 

Além disso, os movimentos bruscos também podem ocorrer em outras formas de epilepsia, como a epilepsia mioclônica, caracterizada por contrações musculares repentinas e involuntárias. Assim, o Março Roxo faz-se útil.

4. Perda de consciência momentânea

Como mencionado, a epilepsia é uma condição neurológica em que o cérebro experimenta atividade elétrica anormal e exacerbada, o que pode levar a convulsões, perda de consciência e outros sinais típicos. 

A perda de consciência ocorre frequentemente durante as convulsões epilépticas generalizadas, que afetam o cérebro em sua totalidade e podem causar uma perda total e momentânea da consciência. 

No entanto, nem todas as convulsões epilépticas causam perda de consciência, e outras condições médicas também podem levar a essa perda e, por isso, o Março Roxo pode ajudar a população a entender melhor. 

5. Contrações musculares

As contrações musculares são sintomas usuais durante as crises epilépticas, que ocorrem devido à descarga elétrica anormal no cérebro. 

Durante uma crise, as células cerebrais enviam sinais elétricos excessivos, que podem gerar movimentos involuntários dos músculos. 

Essas contrações musculares podem ser generalizadas, afetando todo o organismo do epiléptico, ou localizadas em uma parte específica. 

A intensidade e a duração das contrações podem variar conforme o tipo e a gravidade da epilepsia. Sendo assim, o mês de conscientização do Março Roxo pode auxiliar as pessoas a reconhecerem essas crises.

Por que o Março Roxo foi criado?

Como já citado, o principal objetivo do Março Roxo é proliferar conhecimento acerca da epilepsia, uma doença até pouco não muito compreendida e estudada, mas que hoje já se aproxima de uma eventual cura.

Mesmo sendo crônica, a epilepsia pode ser tratada com medicamentos imunossupressores e anti-convulsivos. Em alguns casos, há a possibilidade de ser realizada uma cirurgia, visando diminuir os sintomas da condição. 

Quando foi desenvolvida essa campanha?

A campanha do Março Roxo foi desenvolvida (conhecido internacionalmente como Movimento Purple Day) no ano de 2009, por Cassidy Megan, uma criança portadora de uma síndrome epiléptica.

Juntamente à Associação de Epilepsia da Nova Escócia (EANS), o Março Roxo foi criado e, pouco tempo depois, o Brasil aderiu ao movimento. Atualmente, este segue sendo um dos meses mais relevantes sobre o tema.

Como tratar a epilepsia?

A epilepsia é uma condição crônica que requer tratamento adequado para controlar as crises e ataques. O tratamento depende da causa e da natureza da crise. Algumas opções de tratamento incluem: 

• Medicamentos antiepiléticos: geralmente prescritos para prevenir ou reduzir a frequência dos ataques. 

• Cirurgia: pode ser recomendada em casos de epilepsia focal, em que a área do cérebro que causa as crises pode ser identificada e removida. 

• Estimulação do nervo vago: um dispositivo é implantado no pescoço e envia impulsos elétricos ao nervo vago, que controla as funções corporais. Por isso, a divulgação feita pelo Março Roxo é crucial.

• Dieta cetogênica: uma dieta rica em gordura e baixa em carboidratos pode ajudar significativamente a amenizar as crises. 

• Terapia comportamental: pode ser usada para ajudar a controlar o estresse e a ansiedade, desencadeadores comuns de crises, como prevê o Março Roxo. 

É importante lembrar que o tratamento da epilepsia é individualizado e deve ser supervisionado por um médico especialista, geralmente um neurologista.

Qual é a relação entre planos de saúde e o Março Roxo?

Planos de saúde e o Março Roxo estão intrinsecamente relacionados, especialmente porque a epilepsia é uma condição que requer um tratamento muito cuidadoso e especializado, com consultas frequentes e exames.

Quando feito de forma única e exclusivamente particular, o tratamento da epilepsia pode sair extremamente caro e, tendo isso em mente, é notório que um convênio médico pode ser muito oportuno, graças ao rol da ANS.

No rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), estão descritos todos os serviços que um plano de saúde da segmentação ambulatorial e hospitalar com obstetrícia deve cobrir.

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Conclusão

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