Mal de Parkinson: sintomas, causas e tratamento

O que é o Mal de Parkinson?

Conhecida como Doença de Parkinson ou Mal de Parkinson, é uma doença crônica, neurológica e progressiva. Ainda não se sabe ao certo a sua causa, porém, ela atinge o sistema nervoso central e compromete os movimentos.

Normalmente, o Mal de Parkinson atinge pessoas com idades mais avançadas. Segundo estatísticas, geralmente, os pacientes têm faixa etária entre 60 anos e o grau da doença tende a aumentar aos 70/75 anos.

O Mal de Parkinson é uma doença que diminui a produção do neurotransmissor localizado no sistema nervoso chamado dopamina. 

Esse neurotransmissor é responsável por permitir que o organismo tenha um bom funcionamento, e transporta os impulsos nervosos de um ponto para outro, o que facilita os comandos emitidos pelo cérebro ao corpo.

Se a dopamina não está presente no organismo, o sistema nervoso central acaba ficando comprometido e, conforme o passar dos anos, afeta as principais áreas do organismo do indivíduo portador. 

Dados sobre a doença

O Mal de Parkinson está sendo reconhecido cada vez mais em idosos. Segundo dados do IBGE, em 2019, o Instituto estimou que 200 mil pessoas sofram de Parkinson no país, e que esse número vai duplicar até 2030.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1% da população mundial acima de 65 anos é diagnosticada com o Mal de Parkinson. O distúrbio é considerado a segunda doença neurodegenerativa mais comum.

O Mal de Parkinson pode invalidar o portador, visto que ele compromete o sistema nervoso, afetando as habilidades daqueles que são independentes, tornando-os incapacitados e dependentes de terceiros.

Entretanto, com o avanço da medicina, é possível que medicamentos revertam a situação, impedindo a progressão da doença, fazendo com que ela fique estabilizada no organismo e o portador leve uma vida funcional. 

O dia 11 de abril é reservado para marcar o Dia Mundial do Parkinson. Essa data é essencial para discutir a importância da conscientização em respeito à doença e principalmente ao tratamento dado a ela. 

Quais são os sintomas do Mal de Parkinson?

O Mal de Parkinson possui alguns sintomas característicos, e estes podem variar de um paciente para outro. 

Geralmente, os sintomas se apresentam de forma lenta de início, mas podem se agravar com o passar dos anos. Entre os principais sintomas, podemos ressaltar:

• Alterações que acontecem em um único lado do corpo;
• Confusão mental;
• Depressão;
• Dificuldade para escrever e fazer movimentos que exigem uma maior precisão;
• Dores musculares; 
• Lentidão e diminuição na rapidez dos reflexos musculares;
• Passos mais curtos;
• Pessoa que não consegue controlar a saliva e acaba babando;
• Pessoa que deixa de piscar naturalmente;
• Redução dos movimentos dos braços;
• Tremedeiras, em especial nos membros superiores, como os braços; e
• Rigidez nas articulações.

Causas do Mal de Parkinson

Como já mencionado, o Mal de Parkinson causa o falecimento das células do cérebro, em especial área conhecida como substância negra, responsável pela produção da dopamina, que controla os movimentos.

Além da morte das células do cérebro, outras causas que podem estar ligadas ao Mal de Parkinson é o envelhecimento e fatores genéticos hereditários, passados de geração para geração. 

Diagnóstico

Para que o paciente descubra o Mal de Parkinson, os sintomas motores são os primeiros a surgirem, no entanto, a falta de informação entre a maioria da população contribui para que o diagnóstico da doença seja adiado.

Dessa forma, retardando significativamente o acesso imediato ao tratamento.

Dado os primeiros sintomas, é importante que um especialista seja procurado para um diagnóstico preciso e tratamento adequado. 

Além disso, para a descoberta, é preciso que o médico neurologista faça uma análise clínica minuciosa. Os exames que podem ajudar são a tomografia cerebral e ressonância magnética.

Como é feito o tratamento do Mal de Parkinson?

O especialista pode receitar medicamentos para que o Mal de Parkinson não progrida tanto, pois, como esta é uma doença crônica, o tratamento decorre para o resto da vida do paciente.

Outro tratamento que pode ser imposto ao paciente é o acompanhamento psicológico e fisioterapêutico, para que a condição de vida do paciente possa ter uma melhora, visando que a doença não avance gradativamente.

Uma terapia inovadora tem ajudado muitos pacientes com o Mal de Parkinson, conhecida como Estimulação Cerebral Profunda (ECP ou DBS em inglês). 

Esse tratamento é indicado para aqueles que tiveram a doença confirmada e tem respondido bem aos medicamentos prescritos, mas que ainda apresentam deterioração progressiva.

Como funciona esse tratamento?

A Estimulação Cerebral Profunda é um dispositivo implantado no cérebro, no qual o paciente passa por um procedimento cirúrgico para tratar os movimentos lentos que provocados, o tremor, a rigidez e melhora no andar.

Como mencionado acima, ele é indicado aos pacientes que não estão respondendo tão bem aos medicamentos, principalmente para sintomas que predominam o tremor. 

Os pacientes que possuem perfil compatível ao tratamento com a ECP são beneficiados há mais de 30 anos para o tratamento do Mal de Parkinson. 

O paciente, junto a família, precisam procurar um especialista em neurologia de distúrbios de movimento para que conheça todas as opções de tratamento.

A Estimulação Cerebral Profunda está disponível no Brasil e é considerada uma das terapias mais avançadas tecnicamente para que o Mal de Parkinson seja tratado.

O Mal de Parkinson pode afetas pessoas jovens?

Apesar de ser uma doença diagnosticada em pessoas da terceira idade, o Mal de Parkinson pode afetar pessoas mais jovens, como afirma o neurologista do Hospital Sírio Libanês, Dr. Tarso Adoni.

Segundo o médico, “A doença de Parkinson traz limitações físicas e pode afetar pessoas que estão no auge profissional ou começando a constituir família”.

O neurocirurgião, professor, pesquisador e um dos principais especialistas brasileiros em neurocirurgia funcional, Dr. Erich Fonoff, no seu site, faz a mesma afirmação quanto ao Mal de Parkinson em jovens.

“Em cerca de 10% dos pacientes, a doença se manifesta antes dos 50 anos e, assim, é conhecida como Parkinson de início precoce. Entre todos os pacientes, estima-se que 2% tenham menos de 40 anos de idade”, comenta.

O diagnóstico é realizado da mesma maneira que pessoas mais velhas, no entanto, não existe exame laboratorial (exame de sangue) que detecta o Mal de Parkinson.

Recomendações acerca do Mal de Parkinson

Para obter um diagnóstico eficaz, a desconfiança nunca é o melhor remédio. Portanto, caso esteja tendo algum dos sintomas abordados, é necessário seguir algumas recomendações como:

• Manter a atividade intelectual; leia, acompanhe noticiários e jornais, jogue xadrez, sudoku ou caça-palavras;
• Não atribua ao passar dos anos a perda da expressão facial e o piscar dos olhos menos frequentes;
• Praticar atividade física e realizar exercícios físicos regularmente, visando preservar a qualidade dos movimentos;
• Procurar um médico ao perceber um ligeiro tremor nas mãos ou notou que a sua letra diminuiu de tamanho (micrografia).

Quem tem Mal de Parkinson sente dor?

Sim, algumas pessoas com o Mal de Parkinson podem sentir dor, especialmente se houver rigidez muscular ou espasmos frequentes. Além disso, a dor pode ser causada por lesões ou condições coexistentes. 

É de suma importância que as pessoas com Parkinson conversem com seus médicos sobre quaisquer sintomas de dor, para serem tratados apropriadamente.

Qual a relação entre o Mal de Parkinson e planos de saúde?

O Mal de Parkinson e os planos de saúde estão diretamente relacionados. Isso se dá porque essa patologia neurodegenerativa requer um acompanhamento integral, seja com médicos, fisioterapeutas ou psicólogos.

Dessa forma, o tratamento para a doença pode sair extremamente caro se feito de forma particular. Com um convênio médico, o paciente terá acesso ao rol de procedimentos da ANS completo, que inclui exames, consultas, etc.

Portanto, com um plano de saúde, todas as queixas acerca do Mal de Parkinson podem ser solucionadas pelo simples valor de uma mensalidade, garantindo não somente a qualidade de vida, como o bem-estar financeiro.

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Conclusão

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