Receita dos planos de saúde cai para R$ 2,5 milhões, aponta ANS
Segundo a reguladora, em 2019, o lucro líquido das operadoras médicas chegava a R$ 3,8 bilhões
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nesta terça-feira (11) que o lucro líquido das operadoras de planos de saúde caiu de R$ 3,8 bilhões em 2019, para R$ 2,5 milhões em 2022.
A queda é reflexo da pandemia do novo coronavírus, que impactou diretamente o setor de saúde, com grande deterioração dos resultados, após um lucro recorde de 18,7 bilhões, em 2020.
Segundo a FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), a relação entre receitas e despesas da área está em desequilíbrio.
Um exemplo disso, de acordo com a instituição, é que entre 2021 e 2022, houve uma variação positiva de 5,6% nas receitas, enquanto, as despesas das organizações cresceram 11,1%.
Levando em conta os dados divulgados pela ANS, podemos afirmar que os resultados do setor foram positivos para as administradoras de benefícios, que conquistaram R$ 555,57 milhões.
Entretanto, as empresas que oferecem serviços exclusivos odontológicos e médico-hospitalares, também registraram um prejuízo anual de R$ 47,3 milhões em planos dentais e R$ 505,7 milhões em convênios médicos.
Esses dados são inéditos e revelam que as categorias odontológicas possuem um prejuízo de R$ 1,29 a cada R$ 100 de receitas efetivadas.
Entenda como o prejuízo impacta os cidadãos
Devido ao prejuízo operacional de R$ 11,5 bilhões, os convênios médico-hospitalares obtiveram, em 2022, o pior resultado desde 2021.
Segundo a diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente, entre os fatores que impactam esse acontecimento, estão o crescimento da frequência de uso da cobertura assistencial e o aumento de insumos médicos.
Além disso, a obrigatoriedade de oferta de tratamentos cada vez mais caros, as fraudes, o fim das limitações de consultas e sessões de terapias ambulatoriais e questões judiciais, também possuem responsabilidade.
Para a organização, esse fator afeta diretamente os índices de reajustes dos planos, o que coloca em risco o equilíbrio do sistema e consequentemente, faz com que milhares de consumidores se desliguem.
Desta forma, havendo também, uma sobrecarga no Sistema Único de Saúde (SUS). Afinal, as operadoras cobrem cerca de 50,4 milhões de indivíduos.
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Fonte: InfoMoney
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